Coalizão reúne 121 entidades e promete reduzir em 70% as emissões do transporte até 2050

Pelo menos 121 empresas,
as, concessionárias, secretarias municipais e associações ligadas à mobilidade urbana aderiram à Coalizão para a Descarbonização dos Transportes. A aliança, que tem como meta reduzir em até 70% as emissões de gases do efeito estufa até 2050, alcançou esse número de adesões durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), realizada em Belém.

Liderada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), pelo Observatório Nacional de Mobilidade Sustentável, pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) e pela Motiva — empresa especializada em infraestrutura de mobilidade —, a iniciativa busca alinhar o setor de transportes às metas globais de neutralidade de carbono.

O grupo mantém interlocução com os ministérios do Meio Ambiente, dos Transportes e de Portos e Aeroportos e pretende apresentar contribuições ao Plano Nacional sobre Mudança do Clima, que será divulgado durante a COP30.

Criada em 2024, a Coalizão propõe 90 ações para reduzir as emissões do transporte brasileiro, responsável por cerca de 11% das emissões nacionais — o equivalente a 260 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO₂) equivalente. Caso as medidas sejam implementadas, a estimativa é de uma redução de 287 milhões de toneladas de CO₂e até 2050.

O plano de ação, lançado em maio deste ano, reúne recomendações em seis eixos: infraestrutura e interseccionalidades, mobilidade urbana, transporte rodoviário, ferroviário, aéreo e aquaviário/cabotagem. Entre as principais propostas estão a revisão da matriz logística nacional, o incentivo ao uso de biocombustíveis e a ampliação da eletrificação das frotas, aproveitando a matriz elétrica majoritariamente limpa e renovável do Brasil.