Haddad celebra aprovação da nova faixa de isenção do Imposto de Renda e chama medida de “marco na história do Brasil”
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (5) que a aprovação pelo Congresso Nacional da ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) para quem ganha até R$ 5 mil mensais representa um “marco na história do Brasil”. O texto, aprovado por unanimidade no Senado, segue agora para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Um dia muito importante para o Brasil. Queria agradecer ao presidente [do Senado] Davi Alcolumbre e ao senador Renan Calheiros [relator do texto na Casa]. Foi um dia muito importante para o país olhar para a desigualdade”, declarou Haddad após a votação.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, confirmou que o projeto foi encaminhado à sanção com a garantia de que o novo limite de isenção começará a valer em janeiro de 2026. A proposta é uma das principais promessas de campanha de Lula e foi tratada como prioridade pela equipe econômica neste ano.
Caráter social e impacto econômico
Haddad destacou o caráter social da medida e afirmou que a ampliação da isenção beneficia diretamente as famílias de menor renda, ao mesmo tempo em que impulsiona o consumo e a atividade econômica.
“Na minha opinião, vai ser um marco na história do Brasil. O Ministério da Fazenda está olhando para todas as dimensões da economia: inflação, crescimento, emprego. Mas também está olhando para a desigualdade. É uma agenda que precisava entrar de uma vez por todas no radar da sociedade”, afirmou.
De acordo com o ministro, o aumento da faixa isenta deve contribuir para reduzir o endividamento das famílias e estimular o mercado interno. “A economia que as famílias farão vai diminuir endividamento, reduzir inadimplência e aumentar o poder de compra do salário”, disse.
Tributação sobre super-ricos compensará a renúncia
Haddad ressaltou que a medida é neutra do ponto de vista fiscal, já que a redução de arrecadação será compensada por uma nova tributação mínima sobre altas rendas. O texto aprovado prevê a cobrança de um Imposto de Renda de até 10% sobre rendimentos anuais superiores a R$ 1,2 milhão.
“É um imposto neutro do ponto de vista fiscal. A economia que as famílias farão vai permitir que empresários planejem uma produção maior, com base em um mercado consumidor mais robusto”, explicou o ministro.
Sanção presidencial
A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou no Senado que o presidente Lula deve sancionar a lei após sua participação na COP30, em Belém.
Com a sanção presidencial, a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda passará a integrar o conjunto de medidas do governo voltadas à redução da desigualdade e ao estímulo do consumo interno.
