Blog do Esmael fez uma análise interessante da pesquisa Ipespe; Veja!
“A estratificação mostra que a aprovação é quase unânime entre eleitores de esquerda (95%), mas também supera a desaprovação entre eleitores de centro (49% positivos contra 45% negativos).”
Esse recorte sugere que Lula não apenas mantém sua base histórica, mas avança sobre o eleitorado mais moderado — terreno decisivo em qualquer eleição presidencial.
O fator resiliência
O artigo usa uma expressão chave:
“O resultado reforça a resiliência de Lula, mesmo sob o fogo cruzado da oposição e dos oligarcas financeiros.”
Aqui o Blog sublinha que, apesar da pressão vinda tanto de adversários políticos quanto do mercado financeiro (a chamada “Faria Lima”), Lula se mantém estável. Essa resiliência é vista como um ativo político poderoso, sobretudo em tempos de polarização e crise de confiança institucional.
O impacto internacional ainda não medido
Um ponto interessante do texto é que a pesquisa foi feita antes de dois eventos relevantes:
- O discurso de Lula na ONU, que costuma projetar o presidente internacionalmente.
- A declaração de Donald Trump, presidente dos EUA, sobre a “química” com Lula.
O Blog observa:
“Esse gesto público funcionou como um balde de água fria nos bolsonaristas e em Tarcísio, que apostavam na escalada da tensão diplomática.”
Ou seja, Trump, que muitos esperavam que fosse alinhar-se automaticamente com Bolsonaro e seus aliados, acabou enviando um sinal contrário, esvaziando uma das apostas narrativas da oposição.
O dilema de Tarcísio
Outro eixo central do artigo é o cálculo político de Tarcísio de Freitas. O Blog escreve:
“A leitura política é clara: Tarcísio estaria diante de um dilema, trocar o ‘certo’ (reeleição em São Paulo) pelo ‘duvidoso’ (a disputa presidencial contra Lula).”
Essa análise mostra que, com Lula consolidado, a decisão de Tarcísio sobre disputar a Presidência em 2026 ganha risco. Reeleger-se em São Paulo é visto como caminho seguro, mas enfrentar Lula, em alta nas pesquisas, pode representar um custo político elevado.
O incômodo da Faria Lima
Outro trecho relevante:
“A Faria Lima, que financia levantamentos e sustenta narrativas na mídia corporativa, vê com preocupação a consolidação do petista como favorito em 2026.”
Aqui, o Blog interpreta que os setores financeiros, que tradicionalmente apoiam candidatos de centro ou direita, começam a enxergar que Lula entra na disputa fortalecido, o que cria ruídos no mercado e pressiona a construção de alternativas.
Para fechar a análise
O artigo do Blog do Esmael vai além de simplesmente reportar números: ele interpreta o significado político da pesquisa. Lula aparece fortalecido não só junto à esquerda, mas também entre moderados. O apoio de Trump, inesperado, desarma parte da estratégia da oposição, enquanto Tarcísio precisa decidir se arrisca no Planalto ou mantém terreno firme em São Paulo.
Mais do que números, a pesquisa funciona como um termômetro da narrativa. Como o próprio texto conclui:
“Pesquisas são apenas termômetros do momento, não sentenças definitivas. Ainda assim, ao pressionar adversários e reforçar a força de Lula, o levantamento do Ipespe ganha peso na disputa narrativa.”
Ou seja: não é uma previsão de vitória, mas um recado claro de que Lula continua no jogo com vigor e que seus adversários precisarão recalibrar estratégias.