Por que Geraldo Alckmin, decidiu se unir a Lula, um de seus maiores adversários?

A política brasileira sempre foi marcada por rivalidades históricas, alianças improváveis e reviravoltas que mudaram os rumos do país. Poucas, no entanto, foram tão simbólicas quanto a união entre Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin. O que antes parecia impossível — dois antigos adversários, que duelaram em campanhas presidenciais duríssimas — acabou se tornando uma das parcerias mais estratégicas da história recente.

Mas afinal, por que o ex-governador de São Paulo, antes considerado um arquirrival de Lula, decidiu se unir ao petista em 2022?

Uma rivalidade que marcou época

Na eleição presidencial de 2006, Lula buscava a reeleição e enfrentou Alckmin, então governador de São Paulo pelo PSDB. A disputa foi dura, marcada por debates intensos, críticas pesadas e pela polarização entre petistas e tucanos, que dominava o cenário político nacional.
Alckmin chegou ao segundo turno, mas foi derrotado por Lula com ampla vantagem. Nos anos seguintes, manteve sua posição como opositor, sendo peça importante da resistência ao PT em São Paulo e no Congresso Nacional.

O desgaste da polarização

O tempo, contudo, mudou o tabuleiro. O PSDB, partido que foi casa política de Alckmin por décadas, perdeu força depois de sucessivas derrotas nacionais e crises internas. Ao mesmo tempo, o avanço de Jair Bolsonaro como principal nome da direita fragmentou ainda mais o espaço tucano. Sem protagonismo, Alckmin acabou deixando o PSDB em 2021, após mais de 30 anos de filiação.

A estratégia de Lula

Do lado de Lula, que retornava ao jogo político após a anulação de suas condenações, havia um desafio central: ampliar sua base para além da esquerda e atrair setores do centro e da centro-direita. Nesse contexto, o nome de Alckmin passou a ser visto como ideal para compor a chapa. Sua imagem de político moderado, ligado ao empresariado e ao eleitorado paulista, agregava justamente onde Lula tinha maior dificuldade.

O pragmatismo de Alckmin

Para Alckmin, aceitar o convite também foi fruto de pragmatismo político. Sem espaço no PSDB e distante do bolsonarismo, ele enxergou em Lula uma oportunidade de manter relevância nacional. A filiação ao PSB abriu caminho para compor a chapa como vice-presidente, reforçando a ideia de uma aliança ampla pela “defesa da democracia”.

O simbolismo da união

A foto de Lula e Alckmin juntos causou estranheza no início, mas rapidamente ganhou força como um símbolo de superação da polarização e da união contra um inimigo comum: o avanço do autoritarismo representado pelo bolsonarismo.

Para muitos, foi um gesto que mostrou a flexibilidade da política e a importância da construção de consensos em momentos críticos.

Um casamento de conveniência ou de futuro?

Hoje, como vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Alckmin atua de forma leal ao governo Lula, reforçando que a aliança não foi apenas eleitoral, mas se consolidou também na gestão. Ainda assim, analistas apontam que a relação entre ambos é, acima de tudo, pragmática: uma união que serviu ao interesse de ambos e que pode ou não se manter no longo prazo.

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