União Brasil Pressiona Ministros e Celso Sabino Se Reúne com Lula Para Definir Futuro no Turismo

O ministro do Turismo, Celso Sabino (União Brasil-PA), esteve reunido nesta sexta-feira (19) com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República. O encontro foi marcado para discutir a permanência ou não de Sabino no comando da pasta, após a decisão do União Brasil de exigir a saída imediata de seus filiados do governo federal.

A medida foi aprovada pela Executiva Nacional do União Brasil na quinta-feira (18). A resolução determinou que todos os membros da legenda em cargos no governo Lula deixem suas funções em até 24 horas. O documento ainda prevê punições disciplinares para quem não cumprir a ordem — que podem chegar até à expulsão do partido, conforme o estatuto.

Contexto da crise no União Brasil

O movimento do partido ocorre em meio a denúncias que associam o presidente da sigla, Antonio de Rueda, a supostas conexões com integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC). As acusações surgiram em reportagens publicadas pelo UOL e pelo site ICL. Rueda, por sua vez, nega categoricamente qualquer vínculo e afirma ser alvo de uma campanha difamatória com motivação política.

Em nota oficial, o União Brasil acusou o governo de influenciar a divulgação dessas informações, alegando haver uma “percepção de uso político da estrutura estatal” para enfraquecer sua direção nacional.
Situação de Celso Sabino

Deputado federal licenciado pelo Pará, Celso Sabino foi nomeado ministro do Turismo em julho de 2023, substituindo Daniela Carneiro. Há semanas, o ministro vem tentando construir uma solução política para permanecer no cargo, conversando com dirigentes partidários e aliados.

Sabino também manifestou o desejo de permanecer na pasta pelo menos até a COP30, conferência climática da ONU que será realizada em Belém (PA) em novembro de 2025, evento de grande relevância para seu estado natal.

Apesar da ordem do partido, outros ministros ligados ao União Brasil não serão afetados pela decisão. É o caso de Waldez Góes (Desenvolvimento Regional) e Frederico Siqueira (Comunicações). Ambos não são filiados à legenda e ocupam as pastas por indicação do senador Davi Alcolumbre (União-AP), aliado direto de Lula.