União Brasil Pressiona Ministros a Deixar o Governo e Rueda Vai a Brasília para Conversar com Celso Sabino
Na véspera, a Executiva Nacional do União Brasil havia dado prazo de 24 horas para que todos os filiados entregassem os postos na administração de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Rueda descartou a possibilidade de prorrogar o prazo ou de conceder licença especial ao ministro, que é deputado federal licenciado e assumiu o Turismo por indicação da bancada do partido na Câmara.
“Assim que pousar vou ligar para ele. Ainda não falamos. A decisão vale para todos”, declarou o dirigente.
Ruptura com o governo e crise interna
No início de setembro, o União Brasil formalizou uma federação partidária com o Progressistas, reforçando a posição de independência em relação ao governo. Desde então, a saída dos cargos federais vinha sendo discutida.
A decisão ganhou força após denúncias recentes envolvendo o próprio Rueda. Reportagens do UOL e do portal ICL Notícias citaram suposta ligação dele com o Primeiro Comando da Capital (PCC). Segundo depoimento do piloto Mauro Mattosinho à Polícia Federal, a empresa onde trabalhava, a Táxi Aéreo Piracicaba, teria transportado homens suspeitos de lavar dinheiro para a facção. Ele também disse ter ouvido que Rueda seria dono oculto de aeronaves.
Apesar disso, o presidente do União Brasil não figura como investigado formal no inquérito da PF.
Rueda nega acusações e fala em perseguição política
Em nota publicada em rede social, Rueda classificou as denúncias como “ilações irresponsáveis e sem fundamento”, além de apontar um suposto “pano de fundo político” para enfraquecer sua liderança.
Segundo ele, estão sendo tomadas “todas as medidas cabíveis para a proteção do meu nome e da reputação do partido contra campanhas difamatórias”.
Reunião de Sabino com Lula
Em meio à pressão partidária, a expectativa é de que o ministro Celso Sabino se reúna ainda nesta sexta (19) com o presidente Lula para discutir sua permanência ou saída da pasta do Turismo.
Na quinta-feira (18), Sabino e Lula já haviam conversado por telefone, mas, segundo interlocutores do Palácio do Planalto, não houve formalização de pedido de demissão.
