União Brasil decide hoje se expulsa Celso Sabino após desrespeito a ultimato do partido

O União Brasil deve decidir nesta tarde (data conforme o texto-base) se expulsa o ministro do Turismo, Celso Sabino, por descumprir o ultimato que obrigava integrantes do partido a deixarem cargos no governo federal. A medida foi tomada após a cúpula da sigla romper com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e estabelecer 19 de setembro como prazo final para a desocupação dos postos.

Mesmo após anunciar publicamente que pediria demissão, Sabino permaneceu no cargo e continuou participando de agendas oficiais ao lado de Lula. Em outubro, durante compromissos em Belém (PA), o ministro declarou apoio ao petista, independentemente do cenário político.

A expulsão já recebeu parecer favorável do Conselho de Ética do partido. Para ser confirmada, precisa do aval de 3/5 da executiva nacional.

Racha interno e disputa no Pará

O desgaste levou o União Brasil a afastar Sabino, ainda em outubro, de todas as funções administrativas na sigla e a destituí-lo da presidência do diretório estadual do Pará. O ministro criticou a direção partidária e acusou o União de “tomar decisões equivocadas”.

Mesmo pressionado, Sabino afirma que seguirá no governo até o prazo de desincompatibilização, em abril de 2026, quando pretende deixar o cargo para disputar uma vaga ao Senado pelo Pará. Ele avalia que o apoio de Lula fortalecerá sua candidatura e, segundo aliados, já foi sondado por outras legendas.

Eleito deputado federal em 2022 pelo União Brasil, Sabino está licenciado do mandato para comandar o Ministério do Turismo. Mesmo se for expulso, não perderá a cadeira na Câmara, conforme jurisprudência do TSE, e poderá migrar para outro partido sem risco de cassação.