Evento paralelo à COP30 reúne movimentos sociais, indígenas e comunidades tradicionais em defesa dos territórios e do clima
A Cúpula dos Povos começou nesta quarta (12), em Belém (PA), com a presença de movimentos sociais e lideranças globais. O evento paralelo à COP30 destaca justiça climática, soberania alimentar e transição energética.
Movimentos sociais, redes e organizações populares de todo o mundo se reúnem nesta quarta-feira (12), às margens do Rio Guamá, em Belém (PA), para a abertura da Cúpula dos Povos. O encontro, realizado na Universidade Federal do Pará (UFPA), acontece em paralelo à 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) e se estenderá até o dia 16 de novembro, com debates, atos públicos e apresentações culturais.
Logo nas primeiras horas do evento, embarcações navegaram pelo Rio Guamá até a Baía do Guajará em um grande arrastão popular por justiça climática. O ato, batizado de Barqueata da Cúpula, reuniu mulheres, jovens, ribeirinhos, pescadores, indígenas, quilombolas e agricultores familiares, simbolizando a união de diferentes povos em defesa da vida, dos territórios e do clima.
“A Amazônia está trazendo as vozes que o mundo precisa ouvir: as de quem defende a vida e os territórios”, afirmou Lider Gongora, membro da Comissão Política da Cúpula dos Povos e representante do Fórum Mundial dos Povos do Mangue e do Mar (WFFP).
A cerimônia oficial de abertura ocorre às 17h, no palco principal montado no campus da UFPA. Durante os cinco dias de programação, estão previstos debates sobre soberania alimentar, transição energética, enfrentamento ao extrativismo fóssil, governança participativa, racismo ambiental e direito à cidade, além de painéis sobre mitigação e adaptação climática com recortes de gênero, raça, classe e território.
Segundo o manifesto divulgado pelos organizadores, o objetivo da Cúpula dos Povos é fortalecer a construção popular e unificar agendas “socioambientais, antipatriarcais, antirracistas, anticoloniais e anticapitalistas, respeitando as diversidades e promovendo um futuro de bem-viver”.
A programação também inclui atividades culturais, como a Feira dos Povos, a Casa das Sabedorias Ancestrais e apresentações de artistas e grupos populares da Amazônia e de outras regiões do Brasil. As atividades ocorrem diariamente das 8h às 22h, no Campus do Guamá da UFPA.
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