Segundo Netanyahu, o Hamas aceitou o acordo “apenas quando sentiu a espada pousada em seu pescoço — e ela ainda está em seu pescoço”. O premiê israelense afirmou que o grupo será desarmado e Gaza, desmilitarizada. “Se isso for alcançado pela via fácil, tanto melhor. Se não, será pela via difícil”, declarou.
O cessar-fogo, anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi confirmado no início da tarde e permitiu o retorno de milhares de palestinos ao território de Gaza. Trump classificou o acordo como “o fim da guerra em Gaza” e destacou o papel diplomático dos Estados Unidos na intermediação do processo.
Na primeira fase do acordo, está prevista a troca de reféns israelenses por prisioneiros palestinos, considerada uma das etapas mais sensíveis das negociações. Netanyahu aproveitou o discurso para agradecer aos soldados israelenses e à população “pela resiliência e determinação ao longo dos dois anos de conflito”.
O primeiro-ministro reiterou a promessa de trazer todos os reféns de volta a Israel, vivos ou mortos.
“Desde o início da guerra, prometi às famílias dos sequestrados, e também a vocês, cidadãos de Israel, que traríamos todos de volta, sem exceção. Prometemos — e estamos cumprindo”, afirmou.
Netanyahu também destacou que o país não permitirá que Gaza volte a representar uma ameaça. Segundo ele, o segundo plano apresentado pelo presidente Trump prevê a completa desmilitarização do território e a eliminação de toda a infraestrutura militar e terrorista ainda existente.
Com o cessar-fogo em vigor, milhares de palestinos começaram a retornar às suas casas em Gaza, muitas delas destruídas ou severamente danificadas pelos bombardeios. O momento marca o início de uma nova fase de incerteza na região, que agora depende da estabilidade política e da manutenção dos termos do acordo para evitar uma nova escalada de violência.