Natal Sem Fome 2025 será o maior da história com doação recorde de alimentos da agricultura familiar
A organização não governamental Ação da Cidadania recebeu a doação de mais de 5 mil toneladas de alimentos produzidos pela agricultura familiar, por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). A iniciativa deve beneficiar mais de 2 milhões de pessoas em todo o país e fará da campanha Natal Sem Fome de 2025 a maior desde sua criação, há 32 anos.
A ação é fruto de uma parceria com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
De acordo com a Ação da Cidadania, esta é a primeira vez que alimentos adquiridos pelo governo federal passam a integrar oficialmente as cestas do Natal Sem Fome. A medida amplia não apenas o volume, mas também a qualidade nutricional dos alimentos distribuídos às famílias em situação de vulnerabilidade social.
Em nota, o diretor-executivo da ONG, Rodrigo “Kiko” Afonso, destacou a importância da iniciativa. Segundo ele, a inclusão de produtos da agricultura familiar nas cestas é uma conquista buscada há anos. “Conseguir botar nessas cestas alimento da agricultura familiar é uma realização enorme”, afirmou.
O governo federal ressalta que o PAA tem como objetivo garantir acesso à alimentação para pessoas em situação de insegurança alimentar, ao mesmo tempo em que fortalece a agricultura familiar, valoriza a produção local e gera renda no campo.
Para a Ação da Cidadania, os alimentos provenientes do programa permitem oferecer um Natal mais digno às famílias atendidas, com produtos mais saudáveis e diversificados.
A alta demanda da agricultura familiar na última chamada do PAA, que chegou a R$ 1,9 bilhão em 2025, foi destacada pelo presidente da Conab, Edegar Pretto. Segundo ele, o programa beneficia toda a cadeia. “O benefício vai do agricultor, que pode produzir com a garantia da venda, a quem não tinha o que comer e recebe alimento saudável e de qualidade”, disse.
Rodrigo Afonso também ressaltou o alcance nacional da iniciativa. “Você imaginar um produtor do Mato Grosso ou do Rio Grande do Sul produzindo arroz, feijão ou farinha, e isso chegar ao Maranhão, ao Nordeste, ao Norte, ao Brasil inteiro, é algo absolutamente incrível”, afirmou.
