Mercado corta estimativa do IPCA e mantém expectativa de juros altos por mais tempo
Para 2026, a projeção também foi reduzida, passando de 4,1% para 4,06%. Já para 2027 e 2028, o mercado mantém as previsões de inflação em 3,8% e 3,5%, respectivamente.
Esta é a sexta semana consecutiva de queda na estimativa para o IPCA de 2025, que agora está dentro do intervalo da meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A meta central é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, o que estabelece teto de 4,5%.
Em novembro, a inflação foi de 0,18%, pressionada principalmente pelo aumento das passagens aéreas. Em outubro, o índice havia sido de 0,09%. Com isso, o IPCA acumulado em 12 meses chegou a 4,46%, ainda dentro do intervalo permitido pelo CMN.
No comunicado, o BC afirmou que o cenário econômico segue marcado por elevada incerteza, o que exige cautela na condução da política monetária. Segundo a autoridade monetária, a estratégia é manter a Selic nesse nível por um período prolongado.
A taxa básica está no maior patamar desde julho de 2006, quando chegou a 15,25% ao ano. Após atingir 10,5% em maio do ano passado, a Selic voltou a subir a partir de setembro de 2024, alcançando 15% em junho deste ano.
A expectativa do mercado é que a Selic recue para 12,25% ao ano até o fim de 2026. Para 2027 e 2028, as projeções indicam novas reduções, para 10,5% e 9,75% ao ano, respectivamente.
Para 2026, a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) é de 1,8%. Em 2027 e 2028, a expectativa é de expansão de 1,81% e 2%, respectivamente.
A economia brasileira cresceu 0,4% no segundo trimestre, impulsionada principalmente pelos setores de serviços e indústria. Em 2024, o PIB fechou com alta de 3,4%, o quarto ano seguido de crescimento e o melhor resultado desde 2021.
