Mauro Vieira alerta: acordo entre Mercosul e União Europeia vive momento decisivo
Durante participação no programa Bom Dia, Ministro, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Vieira foi enfático ao dizer que, caso não haja acordo agora, o Brasil e os demais países do Mercosul devem redirecionar esforços para outras parcerias estratégicas. “Se não for concluído agora, não há mais o que se negociar em termos substantivos. Vamos dirigir nossa atenção e energias para outros parceiros importantes que estão na fila”, declarou.
Apesar do tom de alerta, o ministro demonstrou otimismo. Segundo ele, há maioria favorável ao acordo dentro da União Europeia, que também reconhece a relevância do tratado em um cenário global marcado por instabilidade e desequilíbrios nas relações comerciais. Para Vieira, o acordo pode funcionar como uma “rede de proteção” tanto para os países europeus quanto para os sul-americanos.
A avaliação do chanceler reforça declarações feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na quarta-feira (17), durante a última reunião ministerial de 2025. Na ocasião, Lula afirmou que esta é a última oportunidade de fechar o acordo durante seu mandato. “Se não fizer agora, o Brasil não fará mais enquanto eu for presidente. Nós cedemos a tudo que era possível”, afirmou o presidente.
Expansão de mercados e novas oportunidades
Mauro Vieira destacou ainda que o Brasil tem ampliado de forma significativa sua inserção em novos mercados internacionais. De acordo com o ministro, a expectativa é de que essas iniciativas resultem em um aumento de cerca de US$ 33 bilhões nas exportações brasileiras ao longo dos próximos cinco anos.
Na área agropecuária, o país teria aberto cerca de 500 novos mercados, impulsionados principalmente pela atuação do presidente Lula em viagens internacionais. “O presidente Lula é o maior divulgador do Brasil desde o seu primeiro mandato. Neste terceiro mandato, já foram mais de 60 encontros presenciais com chefes de Estado estrangeiros”, afirmou o chanceler.
A possível conclusão do acordo entre Mercosul e União Europeia é vista pelo governo brasileiro como um marco estratégico, tanto para diversificar parcerias comerciais quanto para fortalecer a posição do país no cenário econômico global.
