PF sugere que Mauro Cid entre para programa federal de proteção a testemunhas

A Polícia Federal sugeriu ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes que o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid, seja incluído no Programa Federal de Assistência a Vítimas e Testemunhas Ameaçadas. A recomendação ocorre após o militar iniciar o cumprimento da pena de dois anos em regime aberto pela condenação no Núcleo 1 da trama golpista.

A medida foi apresentada à Corte depois que Moraes determinou o início da execução da pena e impôs restrições como recolhimento noturno, proibição de portar armas, de utilizar redes sociais e de manter contato com investigados nos processos que apuram a tentativa de golpe. O ministro também autorizou que a PF adote ações para garantir a segurança de Cid e de seus familiares.

Com a orientação da corporação, Moraes solicitou nesta quinta-feira (13) que a Procuradoria-Geral da República (PGR) envie, em até cinco dias, um parecer sobre a possível inclusão do militar e de sua família no programa de proteção.

O ex-ajudante assinou acordo de delação premiada com a PF e passou a cumprir a pena com benefícios previstos no acordo. Sem tornozeleira eletrônica e autorizado a não permanecer preso, ele pode receber escolta da corporação e manter seus bens desbloqueados.

A defesa de Mauro Cid foi procurada para comentar se o militar aceitará a inclusão no programa federal, mas ainda não respondeu. O espaço segue aberto para manifestação.