O País do Tapa na Cara: Quando o Congresso e o Povo se Perdem no Mesmo Labirinto”

Nos últimos dez dias deste mês, tivemos a oportunidade de visualizar a loucura brasileira. De um lado, temos um Congresso que, diga-se de passagem, nós — somente nós — elegemos, dando um tapa no meio da cara da sociedade ao aprovar menos impostos aos ricos e benefícios à “classe” política. Bolsonaro, por sua vez, chamou seu gado de “burros” para tentar se livrar da sentença. Vimos políticos presos por usarem o já famoso “orçamento secreto” para alimentar suas falcatruas e a desestabilização do País.

Confesso que jamais imaginei ver pobre defendendo a direita e o direito dos que estão acima da pirâmide social, cavando mais fundo o fosso que nos afasta, a cada dia, da justiça social. Mas há luz: pesquisas demonstram que o crescimento dos fundamentalistas começa a cair — não por um trabalho de conscientização, mas por “fadiga de material”. Ou seja, o próprio evangélico ou católico já entende o seu uso pela extrema direita para construir a narrativa destrutiva do fundamentalismo.

O povo acorda? Não sei. Mas é melhor acreditar no potencial brasileiro — não o de Gilberto Freyre, mas mais próximo ao do professor Darcy Ribeiro. Os preços da cesta básica já diminuem; o combustível, o dólar e o desemprego seguem o mesmo caminho. Não alcançamos o paraíso, mas, ao nos distanciarmos do inferno, podemos esperar.

Fica o recado: ao votar no ano que vem para o parlamento, analisem o conteúdo de quem iremos eleger, pois, ao trocar a fralda, poderemos não gostar do que veremos. E segue o barco.

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EDUARDO DA SILVA

Um apaixonado por política, um profundo conhecedor dos temas centrais brasileiro e sempre disposto a analisar sem paixões, mas buscando a razão.

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