Michelle Bolsonaro admite possibilidade de candidatura em 2026 e é cotada para Senado ou Presidência

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro afirmou, em entrevista ao jornal britânico The Telegraph, que pode disputar as eleições de 2026. Embora não tenha revelado a qual cargo pretende concorrer, a declaração amplia o espaço político da líder do PL Mulher e reforça especulações de aliados sobre seu futuro eleitoral.

“Vou me levantar como uma leoa para defender nossos valores conservadores, verdade e justiça. Se, para cumprir a vontade de Deus, for necessário assumir uma candidatura política, estarei pronta para fazer o que Ele me pedir”, disse Michelle, em tom de preparação para enfrentar uma eventual disputa.
Projeções eleitorais e apoio no PL

Ligada ao eleitorado evangélico e responsável por mobilizar bases conservadoras, Michelle é considerada um dos principais ativos do Partido Liberal para manter a influência da família Bolsonaro no cenário político. Dirigentes do PL avaliam que ela pode concorrer tanto ao Senado quanto à própria Presidência da República, em um movimento que ampliaria sua liderança nacional.

A entrevista foi interpretada por analistas como um sinal de disposição para entrar na corrida eleitoral, ainda que a ex-primeira-dama mantenha cautela em confirmar abertamente o projeto.
Incertezas sobre Jair Bolsonaro

A possibilidade de candidatura de Michelle ocorre em meio às indefinições sobre o futuro do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 27 anos de prisão pela tentativa de golpe de Estado. O julgamento reforçou as barreiras jurídicas para que ele retorne às urnas, tornando o nome de Michelle ainda mais estratégico para o campo bolsonarista.
Papel estratégico no PL Mulher

Dentro da legenda, Michelle é vista como figura central para manter o capital político da família em 2026. Sua atuação à frente do PL Mulher tem fortalecido o partido junto ao público feminino e evangélico, segmentos considerados essenciais para a estratégia eleitoral do grupo.

Aliados avaliam que, independentemente do cargo, Michelle deve ter papel decisivo nas eleições. Para muitos, sua candidatura pode servir não apenas como continuidade do legado político do marido, mas também como renovação do bolsonarismo diante das restrições judiciais que cercam o ex-presidente.