Lula no Jornal Nacional mostra serenidade e aparenta estar à vontade, analisa colunista do ND1

Um candidato extremamente tranquilo e seguro, foi o que se percebeu da sabatina exibida no Jornal Nacional da TV Globo nesta quinta-feira (25/08). O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), parecia estar bem a vontade ao ficar de frente com os apresentadores Willian Bonner e Renata Vasconcellos - é o que vamos destacar nesta edição da coluna Radar ND1 abaixo. 

Durante a sabatina Lula (PT) afirmou que sua condenação foi o principal objetivo da operação Lava-Jato comandado pelo ex-juiz federal Sergio Moro, que foi sentenciado como parcial pela suprema corte. Na bancada do JN - Bonner fez menção direta as anulações que devolveram seus direitos políticos ao petista - caso que particularmente me chamou atenção, justamente por que foi a Rede Globo que ajudou e muito a "endeusar" o juiz dado como parcial pelo nosso judiciário.

“Quem que foi o equívoco da Lava-Jato? É que a Lava-Jato foi por um caminho delicado. A Lava-Jato ultrapassou o limite da investigação e entrou no limite da política. O objetivo era o Lula. O objetivo era tentar condenar o Lula", afirmou o ex-presidente diante das câmeras do JN.

“No primeiro depoimento que fui dar ao Moro eu disse: Moro, você está condenado a me condenar porque você já permitiu que a mentira foi longe demais, e você sabe do que eu to falando. E aconteceu exatamente o que eu previa, quando nós entramos com habeas corpus na Suprema Corte foi antes e bem antes do hacker”, completou.

Corrupção no seu governo

Lula afirmou que foi "massacrado"  durante 5 anos e que, pela primeira vez, teria a oportunidade de falar disso abertamente. Segundo o ex-presidente, "a corrupção só aparece quando você permite que ela seja investigada".

O petista também comentou os casos de corrupção que surgiram durante o seu mandato, em especial em 2005, quando explodiu o Mensalão. 

“Em 2005, quando surgiu a questão do Mensalão eu cheguei a dizer o seguinte, só existe uma possibilidade de alguém não ser investigado nesse país, é não cometer erro, se cometer erro vai ser investigado”, destacou.

O Sigilo de 100 Anos de Bolsonaro

Lula ainda citou o sigilo de 100 anos imposto pelo presidente Jair Bolsonaro no acesso a "temas sensíveis" do governo. A medida foi imposta em junho de 2021 e o Palácio do Planalto vetou, inclusive, dados sobre o cartão de vacinação do atual chefe Executivo do país.

"Eu poderia ter escolhido um promotor engavetador. Mas escolhi da lista tríplice. Poderia ter escolhido um delegado da polícia federal que eu pudesse controlar. Não fiz. Poderia ter feito decreto de 100 anos, que está na moda hoje."

Uma analise em especial dentre os grandes colunistas me chamou a atenção, trata-se de Reinaldo Azevedo, um dos mais reconhecidos e respeitados do país. Em uma publicação no seu Twitter - Azevedo chamou a entrevista de Lula de Exibição de Gala - reproduzo abaixo neste artigo.

Reprodução do Twitter Oficial de Reinaldo Azevedo: 

"Lula não concedeu uma entrevista, mas fez uma exibição de gala. Posso discordar disso ou daquilo, mas a entrevista é dele, não minha. Sem erros. Enfrentou", escreveu o jornalista no Twitter. 

"Bem a bateria 'LJ/Corrupção'; acertou ao ñ se comprometer com a lista tríplice p/ a PGR (ñ está na Constituição); lembrou independência de MPF e PF nos govs. do PT; perguntou à queima-roupa e com acerto se orçamento secreto ñ é o verdadeiro mensalão", disse. 

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