Moraes determina perícia médica em Jair Bolsonaro após pedido de cirurgia da defesa
Moraes destacou que Bolsonaro foi submetido a exames antes de ser preso, em 22 de novembro, e que não foi identificada qualquer urgência cirúrgica naquele momento. O ministro também registrou que colocou à disposição do ex-presidente atendimento médico em tempo integral.
Segundo Moraes, desde a prisão “não houve nenhuma notícia de situação médica emergencial ocorrida com Bolsonaro”.
Bolsonaro começou a cumprir pena de 27 anos e três meses, em regime inicial fechado, no fim de novembro, após ser condenado por liderar uma tentativa de golpe de Estado para permanecer no poder após a derrota eleitoral de 2022. O ex-presidente está instalado em uma sala especial no edifício da Polícia Federal (PF), em Brasília, onde tem recebido visitas de familiares e advogados.
Em despacho também assinado nesta quinta, Moraes autorizou visitas da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que afirma ter sido escolhido pelo pai como o candidato da família à Presidência em 2026.
Defesa fala em piora e pede cirurgia
Na terça-feira (9), a defesa de Bolsonaro afirmou que seu estado de saúde teria piorado e pediu autorização para realização de uma cirurgia de hérnia inguinal, associada a episódios recorrentes de soluços. Os advogados solicitaram que o ex-presidente deixe o presídio para realizar o procedimento em um hospital particular de Brasília, onde, segundo eles, seriam necessários de cinco a sete dias de internação.
O pedido inclui ainda que Bolsonaro seja autorizado a cumprir prisão domiciliar por razões médicas. A defesa sustenta que o ambiente prisional seria incompatível com seu estado de saúde e que a legislação permite a domiciliar para pessoas cuja permanência em regime fechado representa risco à integridade física.
