Mercado reduz previsão de inflação para 4,46% e índice volta ao intervalo da meta
A meta de inflação é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, o que estabelece teto de 4,5%. A projeção divulgada na semana passada apontava 4,55%.
Para os anos seguintes, as expectativas permanecem estáveis: 4,2% em 2026, 3,8% em 2027 e 3,5% em 2028.
A queda no custo da energia elétrica foi o principal fator que puxou o IPCA para baixo em outubro, segundo o IBGE. Com o novo dado, a inflação acumulada em 12 meses caiu para 4,68%, retornando ao nível abaixo de 5% pela primeira vez em oito meses — ainda ligeiramente acima do teto da meta.
Selic deve permanecer alta
Mesmo com a desaceleração da inflação, o Banco Central mantém a taxa Selic em 15% ao ano, decisão repetida pela terceira vez consecutiva pelo Comitê de Política Monetária no início de novembro. O BC reiterou que pode voltar a subir os juros caso considere necessário, citando incertezas no ambiente internacional e na política econômica dos Estados Unidos.
Analistas esperam que a Selic termine 2025 no mesmo patamar atual, recuando para 12,25% em 2026. Para 2027 e 2028, são projetadas novas quedas para 10,5% e 10%, respectivamente.
Projeções para PIB e câmbio permanecem estáveis
A estimativa para o crescimento do PIB brasileiro em 2025 permanece em 2,16%. Para 2026, a projeção é de 1,78%, seguida de altas de 1,88% em 2027 e 2% em 2028.
No segundo trimestre deste ano, a economia brasileira avançou 0,4%, impulsionada por serviços e indústria. Em 2024, o país fechou o ano com crescimento de 3,4%, o quarto consecutivo.
O mercado também manteve a previsão para a cotação do dólar: R$ 5,40 no fim de 2025 e R$ 5,50no encerramento de 2026.
