Para Blog do Esmael, Lula sai mais forte após reunião com Trump, Diante da Quaest

O encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente norte-americano Donald Trump, realizado durante a Assembleia Geral da ONU, teve impacto direto na percepção pública sobre a imagem do Brasil e sobre o peso político de Lula no cenário internacional. É o que revela a nova pesquisa Genial/Quaest, analisada pelo Blog do Esmael. Segundo os dados, a cena diplomática entre os dois líderes — marcada por um elogio público de Trump ao presidente brasileiro — reforçou a imagem de Lula como uma figura capaz de dialogar com diferentes correntes políticas e devolveu ao país uma sensação de protagonismo global.

De acordo com a sondagem, 57% dos brasileiros afirmaram ter tomado conhecimento do gesto de cordialidade entre Lula e Trump na ONU. Entre esse grupo, quase metade, 49%, considera que o presidente saiu mais fortalecido politicamente após o encontro, enquanto 27% acreditam que saiu mais enfraquecido, 10% dizem que não houve mudança e 14% não souberam responder. O resultado mostra que o episódio, ainda que breve, gerou um efeito simbólico relevante e amplamente percebido pela população, atravessando fronteiras ideológicas e eleitorais.

A pesquisa aponta que a percepção positiva é majoritária entre os eleitores de Lula (78%) e entre simpatizantes da esquerda não lulista (75%), mas também se manifesta de forma expressiva entre os independentes (44%) e até entre setores da direita não bolsonarista (28%). O dado mais curioso é que 26% dos bolsonaristas convictos também reconhecem que Lula saiu fortalecido, o que indica que o episódio transcendeu o ambiente de polarização e se impôs como um fato político de alcance simbólico. Para o Blog do Esmael, essa resposta mostra que, independentemente da posição ideológica, o encontro foi percebido como um gesto de respeito mútuo e um movimento positivo para a imagem do Brasil no exterior.

A sondagem também avaliou a expectativa dos brasileiros sobre os próximos passos da relação bilateral. Quase metade dos entrevistados, 46%, considera que Lula deve buscar um novo encontro com Trump nos próximos meses, enquanto 44% defendem cautela e preferem que ele espere um momento mais oportuno. Além disso, 65% acreditam que o presidente brasileiro deve manter uma postura amistosa em relação ao republicano, mesmo diante de ações políticas que eventualmente contrariem o Brasil, contra 25% que pedem uma postura mais dura. O resultado sugere que a maioria da população vê valor em uma diplomacia pragmática e de diálogo, capaz de equilibrar interesses sem gerar confrontos desnecessários.

O levantamento também revela certo otimismo quanto ao futuro das conversas entre Lula e Trump: 51% dos entrevistados acreditam que os dois líderes terão uma boa relação, enquanto 36% consideram improvável que o diálogo avance. Esse número reforça a percepção de que o gesto na ONU foi bem recebido e abriu margem para uma reaproximação simbólica entre os dois países, mesmo em meio a diferenças ideológicas profundas. Para observadores internacionais, esse tipo de gesto tem importância diplomática, pois sinaliza que o Brasil volta a ocupar um espaço de diálogo no tabuleiro global, capaz de transitar entre governos de distintas orientações políticas.

O Blog do Esmael interpreta os resultados como uma validação da diplomacia equilibrada adotada por Lula, que busca reconstruir pontes com Washington sem abrir mão da soberania nacional. O gesto cordial entre os dois presidentes foi amplamente repercutido pela imprensa internacional e reforçou a imagem de Lula como líder global capaz de dialogar com todos os lados. A leitura dos analistas é de que o episódio serviu como contraponto ao período de isolamento diplomático vivido pelo Brasil nos últimos anos, marcando o retorno do país a uma posição de relevância nas pautas econômicas e ambientais internacionais.

A análise política mais ampla é de que Lula conseguiu transformar um encontro breve em capital simbólico. Ao receber um elogio de Donald Trump, figura que representa um setor conservador e de peso mundial, o presidente brasileiro conquistou um ponto de visibilidade além das fronteiras ideológicas tradicionais. O episódio, ao mesmo tempo, contribui para a imagem de um Brasil que fala com o mundo de igual para igual, sem se alinhar de maneira automática a qualquer potência. A diplomacia adotada pelo governo, portanto, parece encontrar respaldo popular: dialogar sem se submeter, abrir pontes sem perder autonomia e reforçar o papel de um país que volta a ser ouvido nas grandes mesas de negociação global.

Os números da Genial/Quaest, portanto, não apenas medem a percepção de um gesto, mas ajudam a compreender um movimento mais amplo de reconstrução da imagem do Brasil no exterior. O encontro de Lula e Trump na ONU foi mais do que um aperto de mãos: simbolizou o retorno da diplomacia brasileira à arena internacional e mostrou que, ao menos no campo simbólico, o país voltou a ser visto como protagonista.

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