Mercosul e EFTA assinam acordo histórico de livre comércio
O Mercosul e a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA), composta por Islândia, Liechtenstein, Noruega e Suíça, assinaram nesta terça-feira (16) um acordo de livre comércio. A cerimônia aconteceu no Rio de Janeiro e foi classificada como "histórica" pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.
O acordo não entrará em vigor de imediato, mas promete benefícios para os países signatários, com acesso a mercado para mais de 97% de suas exportações. A medida, segundo o Itamaraty, vai gerar mais oportunidades de negócio para empresas de todos os tamanhos, além de melhorar regras e procedimentos alfandegários.
Benefícios econômicos e próximos passos
Estimativas apontam que o acordo pode gerar um impacto positivo de R$ 2,69 bilhões no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e um aumento de R$ 660 milhões em investimentos até 2044. O ministro Mauro Vieira destacou ainda que a parceria tem um foco em meio ambiente e desenvolvimento sustentável, exigindo que as empresas tenham uma produção "verde".
O vice-presidente Geraldo Alckmin também participou da cerimônia e celebrou o acordo como uma prova da força do multilateralismo. Ele mencionou que o Mercosul tem negociações avançadas com os Emirados Árabes e o México, e que há uma expectativa de selar o acordo com a União Europeia até o fim do ano.
Para que o acordo entre em vigor, ele precisa ser traduzido e, em seguida, aprovado pelos governos e parlamentos de cada país. No caso do Brasil, a etapa envolve o Poder Executivo e o Congresso Nacional.
