Gabriel Galípolo fala à imprensa sobre indicação para diretoria do Banco Central
O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, falou nesta terça-feira (9) à imprensa sobre sua indicação para a Diretoria de Política Monetária do Banco Central (BC). O nome dele foi confirmado pelo governo para ocupar uma das posições mais estratégicas da autoridade monetária.
Durante a coletiva, Galípolo ressaltou que encara a indicação como uma “grande responsabilidade institucional” e que pretende atuar com foco na estabilidade econômica e no equilíbrio da política monetária, em diálogo constante com os demais diretores do BC.
“Trata-se de uma função que exige serenidade, respeito à autonomia do Banco Central e responsabilidade diante do cenário macroeconômico nacional e internacional”, afirmou.
Compromisso com a política monetária
O futuro diretor destacou que pretende seguir uma linha de atuação técnica, mantendo a credibilidade da instituição, especialmente no que diz respeito à taxa básica de juros (Selic) e às metas de inflação.
Galípolo também observou que a condução da política monetária deve levar em consideração os desafios de crescimento econômico sustentável, sem abrir mão da responsabilidade fiscal.
“Nosso objetivo é garantir previsibilidade ao mercado e fortalecer a confiança no Brasil como destino seguro para investimentos”, disse.
Processo de aprovação
A indicação de Gabriel Galípolo ainda precisa ser aprovada pelo Senado Federal. O processo inclui sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), etapa em que os senadores avaliarão sua experiência, postura técnica e visão sobre a política econômica.
Galípolo já vinha sendo apontado como favorito para a diretoria do BC, especialmente por sua proximidade com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e por sua atuação nos últimos meses em negociações complexas do governo na área econômica.
Perfil de Gabriel Galípolo
Nascido em São Paulo, Gabriel Galípolo tem 41 anos e construiu carreira sólida no setor financeiro e acadêmico. É economista formado pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), onde também obteve o título de mestre em Economia Política.
Antes de ingressar no governo federal, foi presidente do Banco Fator, instituição em que liderou operações financeiras estratégicas e acompanhou de perto o cenário macroeconômico nacional e internacional.
Além da experiência no mercado financeiro, Galípolo também atuou como professor e pesquisador em temas ligados à política monetária, desenvolvimento econômico e sistema financeiro.
Desde janeiro, ocupa o cargo de secretário-executivo do Ministério da Fazenda, posição que o colocou no centro das articulações da equipe econômica. Ele teve papel fundamental na construção do novo arcabouço fiscal e em negociações com o Congresso Nacional.
A trajetória de Galípolo é marcada por sua postura conciliadora e pela defesa de uma política monetária equilibrada, capaz de dialogar tanto com o mercado quanto com as demandas sociais do país.