Celso Sabino pede demissão do Ministério do Turismo após União Brasil exigir saída de filiados do governo
Desembarque do União Brasil
A decisão do partido, anunciada na última quinta-feira (18), antecipa o desembarque do governo, que havia sido comunicado no início do mês. Inicialmente, não havia sido definida uma data para a saída, mas a expectativa era que ocorresse até o fim de setembro.
A medida foi tomada após reportagens apontarem suposta ligação do presidente nacional do União Brasil, Antonio de Rueda, com o Primeiro Comando da Capital (PCC), alegação que Rueda nega.
Essa é a segunda troca no Ministério do Turismo desde 2023. Em julho daquele ano, Daniela do Waguinho colocou o cargo à disposição devido a pressões do partido, sendo substituída por Celso Sabino.
Mudanças na Esplanada desde 2023
- Gabinete de Segurança Institucional (GSI): general Gonçalves Dias → general Marcos Antônio Amaro
- Direitos Humanos: Silvio Almeida (sem partido) → Macaé Evaristo (PT-MG)
- Comunicação Social: Paulo Pimenta (PT-RS) → Sidônio Palmeira
- Turismo: Daniela do Waguinho → Celso Sabino
- Esportes: Ana Moser → André Fufuca (PP-MA)
- Portos e Aeroportos: Silvio Costa Filho (Republicanos-PE); Márcio França (PSB-SP) → Micro e Pequenas Empresas
- Justiça e Segurança Pública: Flávio Dino → Ricardo Lewandowski
- Saúde: Nísia Trindade → Alexandre Padilha (PT-SP)
- Relações Institucionais: Padilha → Gleisi Hoffmann (PT-PR)
- Comunicações: Juscelino Filho → Frederico de Siqueira Filho
- Previdência Social: Carlos Lupi → Wolney Queiroz
- Mulheres: Cida Gonçalves → Márcia Lopes
- Turismo: Celso Sabino → saída após exigência do União Brasil
Situação de Sabino
Deputado federal pelo Pará, Sabino estava há mais de dois anos no cargo de ministro do Turismo, assumindo em julho de 2023 como substituto de Daniela Carneiro. Nas últimas semanas, manteve conversas com dirigentes e aliados na tentativa de permanecer no cargo.
O ministro havia manifestado interesse em seguir à frente da pasta até a realização da COP30, que será sediada em novembro em Belém. Contudo, a pedido de Lula, permanecerá no cargo até a próxima quinta-feira (2) para acompanhá-lo em um evento de entregas de obras da conferência.
Além do Turismo, o União Brasil possui no governo o Ministério do Desenvolvimento Regional, comandado por Waldez Góes, e o Ministério das Comunicações, chefiado por Frederico Siqueira, que não serão afetados pela decisão. Ambos ocupam cargos na cota pessoal do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e não são filiados à sigla.
