Romário Abandona Crivella para apoiar Eduardo Paes na Disputa pela Prefeitura do Rio

No Rio os tabuleiros da política para a eleição municipal de 2020 continua à todo vapor. Agora é a vez do senador e ex-jogador Romário, maior liderança do Podemos no Rio, mexer as peças nesse tabuleiro, abrindo dissidência no partido para apoiar o candidato do DEM, Eduardo Paes, como chamo carinhosamente de Dudu. O Podemos faz parte da coligação de Marcelo Crivella. A informação é de Paulo Cappelli, de O Globo
.

— Institucionalmente, o partido decidiu caminhar com o Crivella. Mas acredito que, definitivamente, o Eduardo (Paes) é o cara mais preparado para administrar a nossa cidade — disse Romário.

O senador diz que conversou com a presidente nacional da legenda, a deputada federal Renata Abreu (SP), sobre sua decisão. Ele afirma ter sofrido um "golpe" de seu ex-chefe de gabinete Marco San, atual secretário de Crivella, da pasta que leva o nome de Pessoa com Deficiência, Tecnologia e Esportes.

Leia a afirmação de Romário:

— O Marco San se aproveitou que tinha a minha senha e, perto da convenção partidária, entrou no sistema eletrônico para me tirar da presidência municipal e se nomear presidente, botando na executiva municipal pessoas da confiança dele. Falei com a Renata Abreu sobre o golpe. Ela disse que, para não prejudicar as candidaturas a vereador do partido, que já tinha feito a convenção, o melhor é aguardar a eleição municipal para, depois, afastar o Marco San do partido. Ele tentou me dar uma bola nas costas, mas vai ver o resultado disso mais para frente — disse.

Acusado por Romário, Marco San contesta:

— O Romário não ficou feliz com o apoio. Sempre toquei o partido no Rio de Janeiro, todos na política sabem disso. Tinha a senha, sim. Tivemos que fazer essa mudança porque seria antiético apoiar Paes, uma vez que estamos no governo Crivella, com o comando da Secretaria da Pessoa com Deficiência e Tecnologia. Sendo que, recentemente, o Crivella ainda aumentou o nosso espaço, incorporando a Secretaria de Esportes à nossa pasta — argumentou San, negando que tenha dado um "golpe", como acusa o senador.

E aí é que está o ponto chave: Romário que de bobo não tem nada, vê à rejeição dos cariocas a gestão do bispo licenciado da Igreja Universal e atual prefeito do Rio, Marcelo Crivella (Republicanos) e fez a boa jogada de se reposicionar no cenário. Paes é uma força grande no Rio, é muito difícil vê-lo perdendo à eleição. Crivella será o Rei deposto. Romário não joga para perder!

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