João Doria Aposta Todas às Fichas na Vacina Chinesa e Privatizações para 2022

Com grandes dificuldades de penetrar no grande eleitorado brasileiro, que afinal já virou rotina para figuras políticas originalmente vindas de São Paulo, já que o estado nos últimos anos não conseguiu eleger ninguém vindo do maior colégio eleitoral do Brasil, o atual governador João Doria, tenta ser essa exceção. Doria que se elegeu na onda bolsonarista e até foi o protagonista do "famoso" Bolsodoria na eleição de 2018, da qual venceu raspando e quase perdeu para Márcio França na ocasião. Hoje Dória tenta se desvencilhar do Bolsonarismo, tenta mostrar-se mais civilizado e ser o candidato da elite e da classe média mais viável. No entanto, de acordo com inúmeras pesquisas de opinião, João Doria está muito longe, bem longe disso.

Agora o governador de São Paulo, João Doria, assinou nesta quarta-feira (30) um contrato com o laboratório chinês Sinovac para o fornecimento de 46 milhões de doses da CoronaVac, uma vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela empresa chinesa em parceria com o Instituto Butantan. Segundo Doria, as doses deverão ser entregues até o final de dezembro. A esperança de João é que o protagonismo de São Paulo, ganhe repercussão nacional com adesão de outros estados -- alçando-o a condição de um grande político brasileiro responsável pelo fim das milhares de mortes por covid-19 no Brasil. Se vai funcionar, aí é outra coisa! 

Doria tenta mostrar-se o Liberal

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou hoje que lançará um plano de privatizações com "mais força" a partir de janeiro de 2021 no Estado de São Paulo. "Temos um amplo programa de desestatização em curso desde 2019, que será retomado com mais força a partir de janeiro de 2021", afirmou o governador ao participar de painel sobre os caminhos para a economia brasileira, no evento "Encontro de Líderes", promovido de forma on-line pelo Comunitas.

O que João Doria tenta sinalizar ao mercado e aos liberais é que ele é o verdadeiro liberal, já que Guedes mostrou-se completamente incombente para vender nossas empresas, mesmo que dando-as praticamente de graça. A ilusão do liberalismo que tornou o Chile uma nação de terra arrasada, mesmo que ocorreu na Argentina de Maurício Macri, continua fazendo adeptos por aqui: principalmente os enricados, esses sim - os únicos ganhadores com a balela do liberalismo. 

O liberal encontrou resistência

Manobras de obstrução, pedidos de ordem, elogios e bate-bocas. Seria mais uma votação comum na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) não fosse um detalhe: parlamentares de direita e esquerda se uniram para tentar barrar o projeto do governador João Doria (PSDB) que extingue, de uma única vez, dez empresas públicas, hospital, fundações e institutos de pesquisas.

O debate, iniciado na última segunda (28), foi adiado por mais uma noite de ontem em uma derrota da base governista, que queria acabar o processo de discussão naquela noite e votar a proposta o quanto antes. Parceiros improváveis, PT, PSOL, PSL, Novo e Patriotas comemoraram o adiamento como vitória, informou o portal UOL. Isso mostra que Doria não goza de tanta força, como tenta mostrar a opinião pública. Agora é aguardar para ver! 

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