Líder do PL propõe cortar salário de deputados que passam longos períodos fora do país, como Eduardo Bolsonaro
O líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), afirmou nesta quinta-feira (9) que pretende propor ao presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), uma mudança no regimento interno para permitir o corte de salário de parlamentares que permanecem fora do país por longos períodos — caso que se aplica ao deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), ausente do Brasil desde o início do ano.
A declaração foi dada em entrevista ao programa Estúdio I, da GloboNews. Questionado sobre os pagamentos mantidos ao gabinete de Eduardo, Sóstenes considerou a criação de uma nova regra “uma boa proposta” e garantiu que a levará adiante.
“Ainda hoje estarei com o presidente Hugo Motta propondo essa alteração regimental”, afirmou o líder do PL.
Segundo Sóstenes, as regras atuais não permitem o corte da remuneração de um parlamentar nessa situação. Ele explicou que Eduardo Bolsonaro já utilizou o período de licença não remunerada a que tinha direito, e que, na ausência de um dispositivo específico, o salário continua sendo pago normalmente.
“Não há espaço regimental para isso. Nós teríamos que fazer uma alteração regimental”, disse.
A proposta de Sóstenes prevê que, após o término da licença padrão, o deputado possa continuar fora do país, mas sem direito a receber salário durante o período adicional.
O líder do PL também afirmou acreditar que Eduardo Bolsonaro apoiaria a medida, caso fosse implementada.
“Eu tenho convicção que o deputado Eduardo Bolsonaro abriria mão [do salário], se houvesse possibilidade — que hoje não há no regimento —, para que ele possa fazê-lo dessa forma”, completou.
A iniciativa surge em meio às discussões sobre a ausência prolongada de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos, onde o parlamentar tem participado de eventos políticos e se reunido com figuras do conservadorismo norte-americano.
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