PIX Automático será obrigatório em débitos entre bancos diferentes a partir de 2026
O Conselho Monetário Nacional (CMN) e o Banco Central (BC) aprovaram uma resolução que torna obrigatório o uso do PIX Automático em pagamentos recorrentes quando o débito envolver instituições financeiras diferentes. A regra passa a valer em 13 de outubro de 2025, mas os bancos e empresas terão até 1º de janeiro de 2026 para adaptar contratos e autorizações já existentes.
Na prática, cobranças mensais de serviços como academias, escolas, clubes ou seguradoras, quando feitas a partir de contas em bancos diferentes dos clientes, só poderão ser quitadas via PIX Automático. Já nos casos em que a cobrança e o cliente estejam no mesmo banco, o débito automático tradicional seguirá em vigor.
Padronização e segurança
Segundo o Banco Central, a medida tem como objetivo padronizar as operações, reduzir fragilidades do sistema e garantir maior proteção contra fraudes.
“O pagador terá que autorizar, de forma fácil e padronizada, o débito na sua conta pelo aplicativo da instituição na qual possui a conta a ser debitada”, informou a autoridade monetária em nota.
Para o chefe do Departamento de Regulação do Sistema Financeiro do BC, Mardilson Queiroz, a mudança representa um equilíbrio entre conveniência e segurança.
“O pagamento recorrente automático vem para facilitar. Só que o facilitar sempre carrega uma questão de segurança. Principalmente quando envolve instituições diferentes. O Pix Automático veio para padronizar esses pagamentos e eliminar potenciais fragilidades”, explicou.
Como funciona o PIX Automático
Disponível desde julho de 2025, o PIX Automático permite que o cliente:
- Defina um valor máximo para cada operação;
- Cancele a autorização a qualquer momento;
Conta com os mesmos mecanismos de proteção do Pix tradicional, como criptografia, autenticação e rastreabilidade das transações.
A expectativa do Banco Central é que a obrigatoriedade aumente a adesão ao sistema, simplifique o processo de cobrança entre bancos e fortaleça o uso do Pix como principal meio de pagamento recorrente no país.