Moraes diz que reunião de Bolsonaro com embaixadores foi “tentativa de retorno a uma colônia brasileira”
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes criticou a reunião de Jair Bolsonaro com embaixadores estrangeiros, realizada em 18 de julho de 2022. Segundo Moraes, o encontro foi uma tentativa de "retorno à posição de colônia brasileira", mas não mais sob o domínio de Portugal.
Na ocasião, o então presidente Bolsonaro utilizou a reunião no Palácio da Alvorada para espalhar acusações infundadas sobre as urnas eletrônicas e atacar ministros do STF e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em junho de 2023, o TSE condenou Bolsonaro por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação devido a esse evento, tornando-o inelegível até 2030.
Internacionalização de uma narrativa golpista
Para o ministro, a iniciativa de Bolsonaro buscou internacionalizar a narrativa golpista para enfraquecer a confiança externa no sistema eleitoral do Brasil. Moraes descreveu a reunião como "um dos episódios mais graves de deslegitimação institucional já registrados em nossa história democrática".
Ele afirmou que o encontro com os embaixadores foi uma continuação da estratégia de ataques às instituições, visando preparar o terreno para uma tentativa de golpe.