Bolsonaristas cravam ‘goleada’ e culpam Eduardo e suas ações desastrosas nos EUA

A leitura dentro da direita é de que o impacto foi sentido. Fontes ouvidas pela coluna próximas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) relatam que a mobilização das ruas no último domingo surpreendeu, sendo comparada, em intensidade, às manifestações organizadas pelo campo conservador. Para aliados do ex-presidente, o recado foi claro: a esquerda mostrou capacidade de mobilização e força.

O diagnóstico desse grupo também inclui outro ponto: desde que o governo norte-americano de Donald Trump impôs tarifas ao Brasil, em reação ao julgamento que condenou Bolsonaro, há a percepção de que a direita vem acumulando derrotas em série.

No caso da chamada “PEC da Blindagem”, o entendimento entre os interlocutores é de que a forma como a imprensa tratou o tema influenciou a opinião pública, reforçando uma rejeição popular à proposta. Esse movimento, na avaliação deles, acabou entregando à esquerda a bandeira do combate à corrupção, ao mesmo tempo em que fragilizou ainda mais a direita. Somado a isso, a pauta da defesa da soberania nacional, antes uma das principais bandeiras conservadoras, passou a ser explorada pelo governo Lula após os atritos diplomáticos com Washington.

Dentro do PL, a leitura é de que o partido atravessa um momento de vulnerabilidade. Não existe hoje um nome com viabilidade clara para vencer a eleição presidencial de 2026, e os movimentos recentes do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) são apontados como fatores que aumentaram as dificuldades do grupo.

A manifestação realizada neste domingo (21), na Avenida Paulista, contrária à PEC da Blindagem e ao projeto que discute anistia a condenados pelos atos de 8 de janeiro, reuniu 42,4 mil pessoas, segundo levantamento da Universidade de São Paulo (USP).

Foto do Colunista

MAURÍCIO JÚNIOR

Um apaixonado por política, CEO da MRO Mídia e com muito orgulho fundador do portal ND1.

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