Barroso nega "caça às bruxas" em julgamento de Bolsonaro
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, defendeu a atuação da Corte no julgamento da trama golpista, afirmando que não houve "caça às bruxas ou perseguições políticas". Segundo ele, a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros sete réus se baseou em "provas, evidências exibidas publicamente, que demonstraram para todos os ministros [...] a existência de um plano para assassinar o presidente eleito, o vice-presidente e um ministro do Supremo Tribunal Federal".
Barroso elogiou a atuação da Primeira Turma do tribunal, responsável pelo julgamento, e rebateu as acusações de censura contra a liberdade de expressão, que resultaram em sanções dos Estados Unidos. Ele explicou que a remoção de conteúdos se refere a crimes de ameaça, e não a crimes de opinião.
Condenações na trama golpista
Na última quinta-feira (11), a Primeira Turma do STF condenou Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão por sua participação em uma trama golpista. Foi a primeira vez na história do país que um ex-presidente recebeu pena por golpe de Estado. O colegiado também condenou outros sete réus, que foram sentenciados a penas que variam entre 2 e 26 anos de prisão.
Entre os condenados estão: Alexandre Ramagem, Almir Garnier, Anderson Torres, Augusto Heleno, Mauro Cid, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Souza Braga Netto. O ex-ajudante de ordens, Mauro Cid, que fez um acordo de colaboração premiada, teve sua pena reduzida para no máximo 2 anos.
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