Portões do Concurso Nacional Unificado 2025 são fechados; 761 mil candidatos participam em todo o país

Os portões dos locais de prova da segunda edição do Concurso Público Nacional Unificado (CNU 2025) foram fechados às 12h30 (horário de Brasília) deste domingo (5). A abertura ocorreu uma hora antes, às 11h30, em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal.

O início das provas está marcado para 13h, tanto para os candidatos de nível superior quanto para os de nível intermediário (ensino médio e técnico).

De acordo com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), o CNU deste ano conta com 761.545 inscritos confirmados, distribuídos em 1.284 locais de prova, como escolas e universidades, espalhados por 228 municípios. As cidades foram selecionadas de forma estratégica, dentro de um raio de até 100 km da residência de cada candidato, para reduzir custos e ampliar a acessibilidade.

Provas e estrutura

As provas objetivas são divididas em nove blocos temáticos, agrupando cargos de áreas afins.

Nesta primeira fase, os candidatos de nível superior respondem a 90 questões de múltipla escolha, enquanto os de nível intermediário enfrentam 68 perguntas.

Somente os aprovados nessa etapa serão convocados para a prova discursiva, marcada para o dia 7 de dezembro.

No Rio de Janeiro, por exemplo, o movimento de candidatos começou logo nas primeiras horas do dia. A foto de Tomaz Silva (Agência Brasil) registrou o fluxo intenso de participantes chegando aos locais de aplicação na região central da capital fluminense.

Duração das provas

  • Nível superior: duração de 5 horas (das 13h às 18h).
  • Nível intermediário: duração de 3h30 (das 13h às 16h30).

Candidatos que obtiveram aprovação para tempo adicional terão mais 60 minutos.

A retirada do caderno de questões só é permitida durante a última hora de prova.
Além disso, as três últimas pessoas na sala devem sair juntas, após assinarem a ata de registro.

Segurança e operação nacional

O CNU 2025 mobiliza uma das maiores operações logísticas já realizadas em concursos públicos no país. Cerca de 85 mil colaboradores estão envolvidos na aplicação, segurança e monitoramento das provas — número comparável ao do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

A estrutura conta com o apoio de 11 mil agentes de segurança, incluindo integrantes da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal (PRF), Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e da Força Nacional, que atua especialmente nos estados do Mato Grosso, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Acre.

Toda a operação é supervisionada em tempo real pelo Centro Integrado de Comando e Controle Nacional (CICCN), do Ministério da Justiça e Segurança Pública, em Brasília.

Perfil dos candidatos

Entre os mais de 761 mil inscritos, as mulheres representam 60%, um crescimento de 3,8 pontos percentuais em relação à edição anterior (56,2%).

O governo federal adotou medidas para estimular a participação feminina, garantindo que ao menos 50% das vagas na segunda etapa (provas discursivas) sejam destinadas a mulheres — desde que atinjam as notas mínimas exigidas.

As pessoas negras somam 210.882 inscrições, equivalentes a 27,7% do total, contra 20% no primeiro CNU. Já os candidatos com deficiência chegam a 30.053 (3,9%), com reserva de vagas assegurada pela Lei 8.112/1990.

As regiões Sudeste e Nordeste concentram o maior número de inscritos:

  • Sudeste: 247.838 candidatos
  • Nordeste: 229.436
  • Centro-Oeste: 150.870
  • Norte: 84.651
  • Sul: 48.733

O bloco 9, que reúne cargos de nível intermediário, registrou o maior volume de inscrições — 177.598 homologadas.

Organização e vagas

A Fundação Getulio Vargas (FGV) é a responsável pela execução do certame, sob coordenação da Escola Nacional de Administração Pública (Enap) e do MGI.

Ao todo, o concurso oferece 3.652 vagas, sendo 3.144 para nível superior e 508 para nível intermediário.
Dessas, 2.480 são imediatas, e 1.172 destinadas a cadastro reserva para provimento futuro, após a homologação dos resultados.